domingo, 27 de março de 2011


Para Bakhtin e seu círculo, a linguagem está ligada intimamente à Enunciação, esse evento discursivo que envolve sujeitos, lugares, tempos e valores. Somente a partir desses elementos é possível se pensar em sentido, em significação.Todas essas questões estão na “ordem do dia”, na “ordem discursiva” acadêmica e pedagógica atual, nos intrigando, nos provocando, nos intimando a pensar sobre o mundo e as sociedades que nele vivem, sobrevivendo, na maioria das vezes, a pestes, guerras, catástrofes, invasões (quase sempre bárbaras...). O homem, no entanto, mais que simplesmente um ser biológico, psicofisiológico, é um ser social, político e ideológico, cultural, que não se esgota em seu ser, não acaba em si, mas, ao contrário, começa no OUTRO, que (in)completa seu EU. Eis a base do pensamento bakhtiniano: a interação social entre um eu e um outro, o diálogo, o que nos constitui em corpo social, em grupo, e nos singulariza sócio-historicamente.

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